terça-feira, 13 de novembro de 2012

Perder barriga II


Depois de percebermos que barriga temos e o que queremos fazer iniciamos um plano de acção, que deve ter como ponto de partida o nosso corpo e muito bom-senso e não um qualquer texto retirado da internet. 

Imaginemos que somos relativamente magros e que queremos ter aquela barriga lisa e firme, não a bochinha que de facto vemos ao espelho sobretudo quando usamos roupa justa. Então reservem trinta minutos três dias por semana para fazer o seguinte programa: de 20 a 40 repetições de abdominais, dorsais, agachamentos e lombares (podem substituir um destes dias por marcha, corrida, piscina, bicicleta, futebol, etc.). À medida que corpo se vai habituando ao esforço devem repetir duas ou três vezes o programa até à meia hora de treino. Estes exercícios têm como fim tonificar e fortalecer a musculatura abdominal e não perder massa gorda. 

É normal sentir rigidez articular e algumas dores musculares nas primeiras semanas, mas que podem ser atenuadas com alguns alongamentos dos mesmos grupos musculares, realizados quando houver tempo e disponibilidade. Bons treinos!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Perder barriga I


Fui intimado por um chibanga amigo para fazer um plano de treino que reduzisse o tamanho da respectiva barriga, excessiva no seu entender e também no de muitos milhões de pessoas, tornando este problema num autêntico flagelo social. Não há espaço para os barrigudos nesta nossa sociedade que tudo tritura e mastiga, não se podem ter particularidades, temos todos de ser esbeltos e sensuais. Que monótono!

Perguntemos primeiro: porque é que quero perder barriga? Será que preciso? Se tenho uma alimentação equilibrada e até faço exercício físico duas vezes por semana, porque que me devo livrar de uma barriguinha perfeitamente normal. Se realmente temos um barrigão, devemos então perceber que não vai desaparecer com exercícios de abdominais por muitos que sejam, quanto muito ficaremos mais fortes e portanto mais saudáveis, mas não mais magros. 

Tratemos de ter uma boa alimentação e fazer exercício físico que a barriga deixará de ser problema, nem necessita de desaparecer completamente, ficará domesticada.

sábado, 3 de novembro de 2012

Transformer


A música é uma espécie de paliativo para quem corre e não gosta assim tanto de o fazer, como eu, que toda a vida fui jogador. Sem música seria impossível de suportar tamanho aborrecimento, sobretudo porque os percursos variam pouco, por mais que tente torná-los diversos. 

Como gosto mais de música do que de correr, ouço o que me apetece sem me deixar condicionar pelo exercício em si, não precisando de música mexida nem nada que se pareça. Assim, meti os fones nos capachos e fiz-me ao pó da estrada ouvindo Lou Reed - Transformer. Conclusão: o albúm é mesmo bom, assim vale a pena correr, sobretudo quando se acaba a ouvir uma música como Im so free. Perfeito!





segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Alongar


A semana passada o meu amigo João queixou-se de dores e rigidez nos pés e tornozelos ao acordar e pediu-me para o ajudar, talvez para lhe fazer um plano de reforço muscular, pensava ele. Respondi com uma pergunta: o que é que os animais fazem ao acordar ou depois de se levantarem? Esticam-se, alongam e preguiçam. O que estes fazem por necessidade, nós deixamos de fazer por preguiça, vergonha, medo do ridículo ou porque simplesmente não se faz, é feio! 

Com o avanço da medicina e da civilização temos vindo a atrasar a nossa hora de falecer... Este verbo chegava à nossa vida por volta dos quarenta, mas agora vem muito mais tarde. No entanto, os nossos ossos, músculos e articulações vão sofrendo mecanicamente, suportando o corpo cada vez mais pesado, menos ágil e mais padecido de dores. Atrasa-se o falecer e prolonga-se o padecer. 

Umas das formas mais eficazes de amenizar os queixumes por parte da população nossa amiga que se encontra em sofrimento é receitar-lhes que se estiquem, que se flexibilizem. Basta alongar cerca de meio minuto onde dói e à volta, repetindo este processo três vezes, mas sem forçar, durante duas semanas: a dor irá desaparecer.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Água


Costumo perguntar aos meus alunos e atletas se conseguem adivinhar qual é a minha bebida favorita. Depois de umas quantas tentativas mais inclinadas para as minis e copos de vinho, lá vem a resposta certa: a água. Mas nem todos são como eu, preferindo vinhote, cervejinha ou sumo, este último cravadinho em açúcar e claramente a pior opção na minha opinião. Então, mas afinal, que quantidade de água devo beber por dia?

Não existe uma resposta igual para todos nós, pois varia consoante a atividade física que realizamos, local onde vivemos, património genético e até com a hora do dia. Depois, uma parte da água que necessitamos provém dos alimentos que comemos e também de outros líquidos que possamos ingerir, exceto bebidas alcoólicas pois estas ajudam à perda de água (desidratação). No entanto, não nos livramos de beber 6 a 8 copos de água por dia, o que equivale a 1L mais coisa menos coisa. Dores de costas e de cabeça, cansaço, urinar pouco e com odor intenso, prisão de ventre, entre outras maleitas, podem ser sinais de falta de água.

Deixo-vos a minha sugestão: ao acordar beber logo 1 copo de água em jejum; ao longo do dia substituir as outras bebidas por água até fazer os tais 6 a 8 copos. A água deve ser sempre o líquido mais bebido durante o dia.

domingo, 30 de setembro de 2012

Quantas vezes?


Quando lemos a bibliografia especializada ou a maior parte da informação veiculada na internet sobre a quantidade de exercício físico que devemos fazer até ficamos cansados. Eu fico! A norma são as tais três a cinco vezes por semana, desde que no final acumulemos duas horas e meia a trabalhar o corpinho, e de preferéncia com orientação profissional qualificada não vá a pessoa exceder-se e treinar até lhe dar um piripaque. Este último, aliás, tem uma prevalência extraordinária nas pessoas que são autónomas no seu treino, o que está provado cientificamente por todos os donos de ginásios e PTs do país.

Tratam-se, afinal, de recomendações resultantes de estudos científicos para um tal de homem média, produto final de uma amostra que representa a população mundial. O problema é que nenhum de nós é a média de nada, somos o mais específicos, fantásticos e irrepetíveis que se possa pensar. Imaginem o exemplo de um carteiro que lê as ditas orientações e se mete num programa de treino com cinco sessões por semana, andando todo o dia e ainda correndo à noite. Esmifra-se o homem sem necessidade nenhuma! O bom senso manda avisar este pobre coitado que não necessita de mais exercício, apenas de descansar bem e comer melhor, para no dia seguinte continuar a entregar as cartinhas a horas.

Mais vale um treino por semana do que nada, não é preciso entrar em loucuras e grandes despesas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Correr

Se para muitos de nós correr é algo de natural, existem outros que já não sabem o que isso é há muito tempo. O que normalmente acontece é a frustração tomar conta de nós depois de meia dúzia de passos de corrida e de um coração que parece querer estoirar, já para não esquecer as dores lancinantes nos joelhos e as costas feitas num oito no dia seguinte. 

Uma boa forma de voltar a correr é utilizar este método, a saber: primeiro anda-se uma vez a um bom ritmo; depois escolhe-se um jardim ou um parque e em 100 passos 10 são a correr; à medida que o nosso corpo se vai adaptando ao esforço, vamos aumentando o número de passos a correr e diminuindo os passos a andar, até chegar a uma razão de 75 passos a correr e 25 passos a andar; finalmente corre-se a um ritmo baixo, mas sem paragens durante o tempo que for possível ou que tenhamos estabelecido.

sábado, 22 de setembro de 2012

Decisão

Começar a fazer exercício físico é muito mais importante e bastante mais difícil do que tomar a decisão: eu tenho de me mexer! Primeiro demoram-se alguns dias a escolher a atividade... Depois engonha-se o processo na escolha do sítio para fazer a coisa... Mais uns diazitos e umas idas às lojas e compra-se o equipamento da moda... Depois apanha-se uma constipação ou o canário da família morre e a vontade esfuma-se como por magia. 

Se decidimos que o nosso corpinho precisa de mais movimento é nesse mesmo dia que se começa. Calçam-se as sapatilhas, ou os ténis como preferirem, vai-se para a rua ou para um qualquer jardim/parque e caminha-se, corre-se, pedala-se, etc. 

Primeiro


O mais natural seria começar um blog sobre exercício físico com um chorrilho de palpites científicos, recomendações médicas, métodos intensivos de treino e claro está, uma nova dieta que permita perder quilos num quarto de bacalhau e ficar com as formas de uma Soraia qualquer. Mas não... Numa sociedade que vive da vertigem, do imediato, do espectacular, proponho com este blog uma abordagem mais cool, mostrando que é possível praticar exercício físico em qualquer altura, com criatividade e sobretudo com muita calma, sem recorrer a exageros e dentro das possibilidades de tempo e dinheiro de cada um.