Quando lemos a bibliografia especializada ou a maior parte da informação veiculada na internet sobre a quantidade de exercício físico que devemos fazer até ficamos cansados. Eu fico! A norma são as tais três a cinco vezes por semana, desde que no final acumulemos duas horas e meia a trabalhar o corpinho, e de preferéncia com orientação profissional qualificada não vá a pessoa exceder-se e treinar até lhe dar um piripaque. Este último, aliás, tem uma prevalência extraordinária nas pessoas que são autónomas no seu treino, o que está provado cientificamente por todos os donos de ginásios e PTs do país.
Tratam-se, afinal, de recomendações resultantes de estudos científicos para um tal de homem média, produto final de uma amostra que representa a população mundial. O problema é que nenhum de nós é a média de nada, somos o mais específicos, fantásticos e irrepetíveis que se possa pensar. Imaginem o exemplo de um carteiro que lê as ditas orientações e se mete num programa de treino com cinco sessões por semana, andando todo o dia e ainda correndo à noite. Esmifra-se o homem sem necessidade nenhuma! O bom senso manda avisar este pobre coitado que não necessita de mais exercício, apenas de descansar bem e comer melhor, para no dia seguinte continuar a entregar as cartinhas a horas.
Mais vale um treino por semana do que nada, não é preciso entrar em loucuras e grandes despesas.